Em uma palestra recente que dei a um grupo abordei o tema Relacionamento Conjugal. A primeira pergunta que fiz foi a seguinte: o que essa imagem representa para vocês?
Os participantes responderam:
Porém, antes de estar com o outro enquanto casal, eu sou um, trago a minha história, meus valores, meus sonhos, minhas crenças. Gostaria de convidar você, caro leitor, a fazer as seguintes reflexões:
Ao fazê-lo, faça com carinho, acolhendo quem você é, como nesta foto.
No livro A raiz da rejeição, Joyce Meyer fala que, na relação com o outro, muitas vezes surge o medo de ser rejeitado(a). A partir dessa premissa, a autora cita alguns padrões de proteção.
O primeiro deles seria os votos. Votos são frases que falamos para nós mesmos, que usamos muitas vezes para nos encorajar a enfrentar algumas situações. Eis alguns exemplos:
"Não vou mais sofrer".
"Não vou mais permitir que me machuquem".
"Não vou mais me doar para ninguém".
"Não vou baixar a minha guarda".
"Não vou ficar refém".
Esses são alguns exemplos de votos que podemos fazer, que ficam gravados em nossa mente e que, num momento de estresse do relacionamento, podem surgir automaticamente.
O segundo padrão seria os fingimentos. Algumas pessoas, quando são machucadas, dizem: "Não se preocupe. Eu não ligo para isso". O objetivo desses fingimentos é não mostrar para o outro a nossa fragilidade.
O terceiro padrão é a autodefesa, quando estabelecemos várias regras, por exemplo: "Só dá certo namorar comigo se for do meu jeito". Estabelecemos muitas regras para não nos sentirmos novamente rejeitados.
O quarto padrão é a defesa verbal, que significa ter a resposta na ponta da língua, não levar desaforos para casa, sem antes filtrar e avaliar o que o outro estava querendo comunicar e saber se, para aquela informação, caberia de fato uma resposta.
O quinto padrão é a compra de proteção, sendo sempre muito bom, generoso e atento ao outro, acreditando que, agindo assim, não haverá rejeição do outro.
Esses cinco padrões criam a ilusão de que se pode fazer algo para não ser rejeitado.
A consciência de si é muito importante quando estamos numa relação com outro. E, quando vamos ao encontro do outro, também poderíamos fazer as mesmas perguntas:
Enxergar a si e enxergar o outro é fundamental para a saúde da relação. É preciso perceber que somos únicos e que preservar a nossa individualidade faz com que estejamos inteiros na relação, e não somente pela metade.
Afinal, uma boa relação gera melhor qualidade de vida!
Psicóloga. Terapeuta Individual, de Casal e Família.
Atuo com o referencial da Gestalt-Terapia e da Abordagem Sistêmica. Ajudo indivíduos, casais e famílias a superarem os desafios ao longo do ciclo de vida.
Na terapia individual trabalho principalmente com demandas de autoconhecimento, ansiedade e relacionamentos.
Na terapia de casal e família trabalho ajudando os casais e famílias a se reconectarem e a viver de forma mais saudável.
Também atuo para promover uma melhor qualidade de vida em casos de separação.